quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Ovelhas brancas

Tem acontecido muito coisa comigo neste último mês. Mudanças drásticas aconteceram e continuam acontecendo... As mudanças em si não são boas nem ruins, são apenas mudanças.


Por conta desse turbilhão tive muitas reflexões nos últimos dias. Infelizmente não lembro exatamente de todas (certas coisas nunca mudam, né?!... mas minha memória tá bem melhor, veja bem, não disse “boa”, mas tá bem melhor...). Bom, uma delas foi sobre nossa sociedade.


Há muito tempo já tinha feito uma constatação: na nossa sociedade os bonzinhos só se phodem! Esse pensamento não visitava minha cabeça há um tempo . Mas na semana passada aconteceu um evento que o trouxe de volta. Não vô contar qual foi o evento porque não fará diferença para o que quero dizer aqui (se quiser saber me pergunte pessoalmente).


Pois então, dado o acontecimento um sensei meu falou “na nossa sociedade é assim: quem é certo se phode, quem é errado se dá bem”, aí pensei “Caraca! O cara leu meu pensamento...”. Depois cheguei à uma analogia para ilustrar o mundo que nos cerca: a sociedade é formada predominantemente por ovelhas negras! Nem preciso explicar tanto, acho que todos compreendem o que quero dizer, temos muitos exemplos disso,

Infelizmente.


As ovelhas negras estão sempre por aí. De vez em quando elas falam “venha para o lado negro!”... O que você faz quando isso acontece?! Sei que eu teria um grande talento se fosse para o lado negro, mas sou muito ético (essa palavra me fez lembrar de uma outra reflexão, vô fazer um post só pra isso). Não conseguiria viver enganando os outros (e me enganando).


Outra constatação: sou uma ovelha branca (e vivo me phudendo hehehe)! Mas sei que existem muitas outras ovelhas brancas por aí, por mais difícil que seja encontrá-las. Troquei uma vida medíocre para lutar (literalmente) por aquilo que acredito (lembrei de outro post). Me empenho em achar essas poucas ovelhas e tentar contribuir de alguma forma para formação/transformação dessas pessoas. Ser professor de Arte Marcial e estudar História da Arte foi o caminho que escolhi para fazer isso. Ser amigo das ovelhas brancas também é um caminho.


Tive a oportunidade de conhecer muitas ovelhas brancas. Se você está lendo isso provavelmente é uma delas. Espero que você não desanime, pois as porradas da vida são fortes. É preciso ter coragem.


E se te derem uma tinta preta?! O que você vai fazer?!


PS: Adianto que não julgo o que as pessoas fazem para sobreviver, desde que não me traga prejuízos. Portanto, se você for uma ovelha negra, boa sorte! E, é claro, pense (muito) antes de afetar meu bem-estar (isso inclui o bem-estar dos meus amigos, talvez até mais que o meu...). Se isso acontecesse... seria “interessante”...

Um comentário:

  1. Cara, esse assunto é sinistro, não sei se captei o sentido de verdade. As histórias de vida são muito diversas. Apesar de ser humilde e estar sempre me recolhendo à minha insignificância (já me avisaram que isso é patológico e que tenho que mudar), me considero uma ovelha branca mas nunca me senti me phodendo por isso. Se é que eu entendi o que significa ser uma ovelha branca. Bem, eu como minha grama, não acho a grama dos outros mais verde que a minha e quando alguém come a minha não me sinto lesada porque grama é o que não falta. Acho que é porque a sorte esteve sempre ao meu lado. Uma vez, de brincadeira, me colocaram as cartas do Tarot a a carta que representava a mim era "O Louco". O louco é um cara avuado, desprendido que anda pela beira do precipício. Só que ele nunca cai porque tem ajuda divina representada por um cão que puxa ele pela calça, deixando a bunda dele de fora(que irônico). Esse simbolismo tem me acompanhado por muito tempo, eu olho para tráz e vejo que sempre que precisei, achei um lugarzinho reservado mim. Bem, voltando à história das ovelhas, isto me lembrou o caminho de um grande amigo meu. Não dá para encaixar na imagem da ovelha porque ele é um guerreiro. Sua espada está sempre desembainhada, sua vida é uma luta insessante pelo que ele acredita. Vejo-o se phodendo o tempo todo por isso, mas não consigo recriminar. São sempre ideais muito bonitos, de transformação do mundo mesmo. Talvez o grande agravante de sua história é que o equilíbrio é algo que não tem lugar na sua filosofia de vida, muito pelo contrário, acredita que tudo deve ser uma grande revolução, até as últimas consequencias. Os inimigos estão por todos os lados. Ele ri e debocha do equilíbrio. Sinistro, não? Eu até hoje não conheci o que é ter um inimigo, por enquanto só encontrei um inimigo em mim mesma.
    Poxa, foi mal heim? Devia parar de lotar o seu blog e começar é a escrever o meu.

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